Os queijos artesanais do Espírito Santo conquistaram destaque nacional ao vencer três medalhas de ouro no VIII Prêmio Queijo Brasil, realizado em Blumenau, Santa Catarina. O evento aconteceu no dia 10 de julho e reuniu mais de 2.200 participantes de várias regiões do país, avaliando centenas de produtos feitos por pequenas queijarias. Esse reconhecimento vai muito além de troféus: ele simboliza o cuidado, a tradição e a inovação que marcam a produção capixaba.
Entre os grandes vencedores estão o Boursin Erve de Provence, da Queijaria Pedrazul, em Domingos Martins; o Queijo Morbier, da Vila Veneto, de João Neiva; e o Queijo Minas Meia Cura Calvi, da Calvi Laticínios, em Cachoeiro de Itapemirim. Cada um desses produtos alcançou notas superiores a 95 pontos, em uma escala máxima de 100, durante a avaliação técnica. Por isso, eles se destacaram como exemplos de sabor autêntico e qualidade excepcional.
Além das três medalhas de ouro, outras queijarias capixabas também garantiram posições de destaque, levando prêmios de prata e bronze que reforçam o Espírito Santo como um polo de excelência na produção de queijos artesanais. A Queijaria Pedrazul, por exemplo, também foi premiada com o Boursin Lemon e o Boursin Alecrim, enquanto a Vila Veneto levou pratas pelo Queijo Asiago e pelo doce de leite.
Programa Inédito Valoriza a Produção Capixaba
Ainda que as premiações sejam um motivo justo de comemoração, elas refletem um trabalho consistente que vem sendo fortalecido nos últimos anos. Desde fevereiro, o Governo do Estado iniciou um projeto inédito para mapear, caracterizar e valorizar os queijos artesanais capixabas. A iniciativa é financiada pelo Programa de Incentivo à Pesquisa, à Extensão, ao Desenvolvimento Social e à Inovação Agropecuária (Inovagro), que pretende identificar tipos de queijo, analisar características técnicas e promover a regularização sanitária.
Por meio desse mapeamento, o governo quer ampliar o mercado consumidor, reduzir desperdícios e consolidar programas como a Rota do Queijo Artesanal, que já atrai turistas para as Montanhas Capixabas, o Caparaó e João Neiva. Com isso, mais pessoas podem descobrir a riqueza gastronômica e cultural do estado.
A iniciativa também conta com a colaboração de instituições como o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Assim, produtores locais recebem orientações técnicas e apoio para melhorar ainda mais a qualidade de seus produtos.
A Força da Agroindústria Familiar
Hoje, as queijarias artesanais representam mais de 40% das agroindústrias familiares capixabas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são cerca de 1.763 estabelecimentos que movimentam a economia e preservam tradições centenárias. Por isso, cada medalha conquistada reforça o valor do trabalho dessas famílias, que unem conhecimento ancestral e técnicas modernas.
Ao investir em inovação e qualidade, os produtores conseguem atender consumidores cada vez mais exigentes, que buscam alimentos com identidade regional e sabor diferenciado. Portanto, o reconhecimento nacional é também um convite para que mais brasileiros conheçam o talento e a dedicação presentes em cada peça de queijo.
As premiações mostram que o Espírito Santo está preparado para crescer ainda mais no mercado de queijos artesanais e inspirar outros estados. Quando tradição e profissionalismo caminham juntos, os resultados se transformam em orgulho coletivo e oportunidades reais para toda a cadeia produtiva.
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